
Adorei o disco desde a primeira audição, ele tinha um clima folkish (usual nas produções de Boyd) , totalmente intimista e excepcionais arranjos de cordas para uma pequena formação (quarteto e sexteto) - coisa que sempre me interessa.
As composições de Drake se destacavam por uma concepção harmônica arrojada algo jazzística ,que em nada pareciam com o folk inglês , no qual ele estava categoriozado.
O disco realmente era ótimo, mas de alguma forma não me surpreendeu que eu nunca tivesse ouvido falar de Nick Drake , já que afinal as produções de Joe Boyd para Richard Thompson ( a minha razão de comprar o disco) também nunca tinham encontrado o grande público que eu achava merecido.
Um "mega-revival" de Nick Drake começou em meados dos anos 90 , quando usaram uma canção do seu disco "Pink Moon" num anûncio da Volkswagen no Reino Unido. Por conta dessa música, milhares descobriram esse artista que tinha uma história trágica ( ele se suicidou em 1974) .O que era um nome obscuro até alguns poucos anos antes, se transformou num sucesso mundial, um típico caso de - artista antes do seu tempo.
O sucesso "cult" de Nick Drake e as influências que ele produziu gerou uma série de candidatos ao "trono" de nick drake do Século XXI.
Muitos são só clones,mal disfarçados, mas dois se destacam nessa disputa , ambos americanos, Devendra Banhart e Sufjan Stevens.

Após uma comparação de um disco de cada um aposto en Sufjan .
O "Cripple Crow" de Devendra Banhart também é muito bom, mas acho que menos semelhante com o trabalho de Drake, exatamente na ousadia harmônica que sobra no "Illinoise" de Sufjan Stevens que eu recomendo entusiasticamente .
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